Mochilagem é a denominação usada para descrever formas de viajar de forma independente e econômica.
Mochileiro é aquele que pratica a mochilagem. O termo não deve ser confundido com sacoleiro, pessoa que faz viagens com a finalidade única de comprar mercadorias, das mais diversas espécies, para posterior revenda.
Bem diferente disso, a Associação dos Mochileiros e Aventureiros do Brasil estabelece o mochileiro como um grupo de viajantes alternativos de todas as idades, nacionalidades e classe sociais possíveis, que amam sair de suas casas, atravessar fronteiras de países ou mesmo de estados, conhecer locais e pessoas de culturas diferentes, através de uma forma totalmente aventureira e enriquecedora.
Esses viajantes querem ter independência para escolher quais os atrativos a serem visitados, o tempo de permanência em cada local, os meios de locomoção a serem utilizados, os locais de hospedagem e o percurso a ser seguido. Não estão preocupados com luxo e conforto, mas sim com segurança, higiene e praticidade. Seus recursos financeiros, mais por uma questão de opção que por limitação, privilegiam reduzidas despesas em hospedagem, transporte e alimentação, em benefício de atividades que lhes proporcionem prazer ou prolongamento do período de viagem.
Uma pesquisa realizada em 2001 na Austrália, país onde a cultura mochileira é muito forte, confirmou estas características e apresentou as razões que levaram os turistas a escolher esse estilo de viagem: aspecto econômico, oportunidade de conhecer outras pessoas, experiência mais realista e melhor do país, prolongamento do tempo de viagem, independência, flexibilidade, experiência prévia como mochileiro e aversão aos pacotes turísticos comerciais.
Cultura Mochileira
De acordo com o site MochilaBrasil, maior portal brasileiro da Internet sobre turismo alternativo, a cultura mochileira originou-se da Geração Beatnik, nascida nos Estados Unidos. Formada por escritores e artistas, os quais constituíram um dos mais significativos movimentos literários do século XX, introduziram a palavra liberdade à sociedade americana das décadas de 50 e 60. Os beatniks não se identificavam com os soldados nem com os jovens empresários da época da 2ª Guerra Mundial. Não acreditavam em empregos normais, lutavam para sobreviver e viajavam como pudessem. O escritor norte-americano Jack Kerouac é o ícone da Cultura Beatnik e autor do livro On the road, bestseller que influenciou várias gerações a “caírem na estrada”.
Os australianos Tony e Maureen Wheeler também contribuíram para que milhões de jovens colocassem suas mochilas nas costas e saíssem para conhecer o mundo. Recém casados, eles saíram para uma viagem pela Ásia, ao melhor estilo On the Road, a qual escreveram um livro a respeito. Nascia ali o guia Lonely Planet que, desde os anos 70, influencia jovens australianos, americanos e principalmente europeus a se aventurarem pelo planeta. A Austrália, por sua vez, se beneficiou com o feito e se transformou no berço do Turismo Backpacker, sendo o país que mais recebe mochileiros no mundo, tendo gerado mais de US$ 4 bilhões nos anos de 97, 98 e 99.
Texto e Foto - Reprodução
Fonte: Web
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